sexta-feira, 6 de maio de 2011

Game permite a jogador recriar massacres em escolas

IDG Now, 20.04.2011.

A Checkboarded Studios, estúdio independente produção de games “especializada em modificações satíricas” anunciou um projeto que não parece tão engraçado assim: retratar os massacres de estudantes em Columbine e na Virginia Tech, ocorridos em 1999 e 2007, que mataram 12 e 32 estudantes, respectivamente.

School Shooter: North American Tour 2012 é, na verdade, um mod de Half-Life 2, no qual os jogadores tem a oportunidade de controlar os autores das chacinas na “melhor experiência de tiroteio escolar” já feita, como escrito no site do titulo, de acordo com informações da Time. Além disso, o gamer pode escolher empunhar o mesmo armamento utilizado por Eric Harris, Dylan Kebold (de Columbine) ou Seung-Hui Cho, ex-aluno do Virginia Tech.

O game, que permite ao usuário fazer “tudo o que quiser, desde que envolva atirar em pessoas em escolas”, possui um sistema de pontuação que envolve acertar a cabeça (conhecidos como “headshots") de professores e alunos indefesos, seis mapas diferenciados e ainda a possibilidade do jogador cometer suicídio ao final de cada level, situação ocorrida em ambos os atentados.

Apesar de não possuir uma data específica de lançamento, o SSNAT tem recebido fortes críticas, de acordo com a reportagem da Time, principalmente de setores de educação, incluindo um projeto de lei no estado da Pensilvânia que pretende barrar o lançamento do game, em respeito aos familiares das vitimas dos assassinatos em massa.

Games e Violência
A discussão a respeito da influência de games violentos no comportamento dos jovens foi levantada novamente quando o jornal O Globo publicou uma notícia na qual o assassino da escola no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, que matou 12 crianças na manhã do dia 7/4, foi associado com jogos como Counter-Strike e GTA, o que gerou uma reação negativa dos gamers no Twitter e nos comentários no texto, que acabou sendo alterado sem qualquer aviso.

Nota: Já existe boa comprovação, em pesquisas, que mostra a influência nefasta que alguns tipos de jogos exercem sobre a mente humana, especialmente de jovens, crianças e adolescentes. E a temática, apesar do que se fala oficialmente, parece ser sempre a mais violenta e de estímulo direto à crueldade. As pessoas já estão amplamente expostas à violência desenfreada, à agressividade gratuita através dos noticiários da mídia em geral, programas de entretenimento comuns da televisão, web e rádio, leituras e o reforço chega com os games. Com um diferencial importante: ali o usuário não é apenas espectador e, no máximo, participa com perguntas ou interage esporadicamente; ele é autor, faz parte da ação de atirar, golpear, matar, destruir determinada coisa ou pessoas. O jogo em questão é mais do que apologia à violência, é um incentivo à criminalidade dentro de escolas. 

Pais e educadores têm o dever de colocar algum filtro e aqueles que comercializam produtos com este conteúdo deveriam sofrer algum tipo de fiscalização ou avaliação por parte de quem permite o comércio disso livremente, ou seja, as autoridades governamentais. A Bíblia nos fala da necessidade de fecharmos nossos olhos diante da maldade. Não significa que nunca vamos ver algo ruim, mas podemos evitar ao máximo essa exposição. E mais do que exposição, quem professa crença na Bíblia Sagrada deve refletir sobre a necessidade de não fazer parte, de ser um ator em jogos que simulam ou incentivam crimes, ainda que no ambiente aparentemente virtual ou fictício. Lembro sempre do texto bíblico em Isaías 33:15 que diz que "O que anda em justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de opressão; o que, com um gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal".

FONTE



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